terça-feira, janeiro 07, 2014

A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!

sábado, março 23, 2013

É difícil chegar a ti hoje em dia.

É difícil chegar a ti hoje em dia. 
Não sei se te lembras, num passado não muito distante, do quanto nos queríamos. Ambos fazíamos planos para o futuro, sempre estivemos ao lado um do outro. Sempre fizemos tudo para resultar.

De mim, tiveste tudo. Sempre me tiveste de coração, com a mais pura das vontades, sem esquemas, sem merdas, só eu e tu. 

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Uma evolução (não) natural

Estranha esta coisa de crescer. Lembro-me de dar pouco acima do umbigo da minha mãe e projectar tudo o que queria de mim e para mim. Lembro-me de me imaginar tão grande dentro de toda a minha pequenez, sonhos herculeanos que pareciam utópicos de quem vê do plano anterior.

Contudo, sou isso e mais do que aquilo que projectei para mim mesmo. Lutei, dei o litro e perdi imenso para poder ganhar. Cheguei para alem de todas as minhas metas, para além do que alguma vez imaginara. Mas sou eu?

Será que a minha versão miniatura ficaria orgulhosa caso pudesse falar comigo neste preciso momento? Será que sequer conseguiríamos ter uma conversa de entendimento mútuo e me sentisse em paz dentro de mim mesmo?

Evoluímos, lutamos, pomos de lado. Temos os olhos postos na meta e corremos, não olhamos para o lado (muito menos para trás). No inicio vemos os problemas e o destino ao longe. Na chegada, vitoriosos, rimos e sorrimos, recebemos os louros. Mas e na corrida o que se perdeu? O que tive de deixar de mim mesmo para ser o que sou? Estranha esta coisa de crescer, sermos nós próprios e não o sermos ao mesmo tempo.

Seja qual for a resposta, gostava que soubesses que dei o meu melhor para manter os nossos valores, para ser fiel ao que somos e acreditamos, para crescer, evoluir, mas manter aquela semente que só nós sabemos.

Algures dentro de mim mesmo, espero não ser um orgulho para ti mas pelo menos nunca te ter desiludido.

domingo, setembro 02, 2012


Vale o mesmo comentário incluido com a Nothing Else Matters. Fica aqui a Fade to Black, provavelmente das melhores musicas de sempre.
PS: Para ouvir tenho que adicionar-vos no youtube. O video esta privado.


Parece que foi filmado por uma batata. Não foi, mas quase. Com a webcam e micro do portátil não dá para fazer muito mais. Por motivos que desconheço, o gravador de audio adultera e omite a frequência de algumas notas pelo que, o vídeo não corresponde ao som real.

Ainda assim, enjoy!

Nothing else matters, dos Metallica.

segunda-feira, agosto 06, 2012

1 - Um pequeno grande caos!

         Estava sentado no quarto com os pés em cima da secretária. Com um cigarro numa mão, uma cerveja na outra, escorregava preguiçosamente pela cadeira. Não era a primeira cerveja, nem sequer a segunda e as latas amontoavam-se em pilha pela mesa. Ainda em boxers, cumpria este ritual pelas manhãs que não eram manhãs mas o momento em que se cansava de estar na cama.
          Deitada, uma de tantas mulheres disponíveis a provar o seu apetite sexual. Procuravam nele o contorno dos seus ombros e abdominais. Não sabiam o seu nome, idade ou história pessoal. Não interessava.
          Os seus olhos estavam vazios, sem vida. Viajava à velocidade da luz fora do corpo, viagem ligeiramente interrompida por largos golos de cerveja e profundas inalações de fumo.
          O quarto reflectia a vida em que tinha mergulhado. As latas de cerveja eram movimentadas apenas para encontrar espaço para uma homónima já vazia. No chão, as cinzas tinham já ligeiramente criado uma fina película em seu redor misturando-se com o pó do soalho. A roupa suja amontoava-se por qualquer canto do quarto misturando-se muitas vezes com roupa lavada mas engelhada fruto da falta de cuidado com os seus bens. As paredes, inicialmente pintadas de branco, eram já um misto de humidade, buracos e uma ou outra aranha que consigo dividia a casa. O seu quarto seria sem duvida um modelo perfeito da teoria do caos, onde ele estava no centro e nada parecia importar.
          O seu nome? Anthony. A figura principal da sua própria existência.
                                                                         ...

segunda-feira, julho 09, 2012

Dançamos uma valsa colorida
Lideravas os movimentos
E em todos os momentos
Eras tu a nossa vida.

Arrastei-me, voei e pisei
Sempre fui um grande pé duro
Fingi não ver o muro
Ainda assim, tentei.

Não sou de dançar mas de tocar
E enquanto dançávamos, perdi-me
Parei-me, cedi-me.
Deixei de dançar.

Entramos em combate
Culpaste-me, vitimizaste-te
Espalhaste a doçura, conquistas-te
Enquanto fiquei com a pior parte

Para alem dos teus sorrisos
Sei-te na tua plenitude
Contigo tens a atitude
Mas são falsos os paraísos.

Fechei a porta, sem olhar
À minha procura de novo
Estou de volta a remar
Por aqueles que me movo.