O que significa dizer que amamos alguém? Será possível gostarmos e não nos dedicarmos, não fazermos o máximo possível para entrarmos na vida de quem realmente gostamos?
Tenho andado a reparar que a minha opinião e o meu ponto de vista divergem bastante da maioria das pessoas que me rodeia. Defendo que devíamos fazer tudo por tudo para vivermos momentos que fiquem eternamente gravados na memoria, conquistar todos os dias quem realmente estimamos.
A maioria responde-me que temos que tomar conta da nossa vida, garantir o ganha pão, cuidarmos de nós, depois vêm os outros. Mas assim eu pergunto: no final o que fica? Ficamos com o mundo que apenas construímos com nós mesmos? Não será a vivência tão efémera e curta que o que interessa no final são os momentos, as pessoas, as recordações?
Chamem-me sentimental, chamem-me emotivo... sim sou! Sou porque tenho as minhas convicções e sei pelo que luto: pelo amor de quem realmente importa. Entristece-me quem de forma egoísta apenas se vê a si mesmo, a quem apenas luta por se sentir superior. Entristece-me ver orgulhos que não pedem desculpa e não aceitam pessoas diferentes. Entristece-me ver quem não sai da zona de conforto para estender a mão de quem o rodeia.
Não sou perfeito, não sou dono da razão, mas tal como vocês estou a tentar.
Porque um dia disseram-me que era dificil e eu não ia conseguir....que tinha que ser igual aos outros. E eu disse: "Se olhares, és capaz de nunca saltar"
sábado, dezembro 10, 2011
domingo, novembro 27, 2011
"Assim organizar a nossa vida que ela seja para os outros um mistério, que quem melhor nos
conheça, apenas nos desconheça de mais perto que os outros. Eu assim talhei a minha vida,
quase que sem pensar nisso, mas tanta arte instintiva pus em fazê-lo que para mim próprio me
tornei uma não de todo clara e nítida individualidade minha."
conheça, apenas nos desconheça de mais perto que os outros. Eu assim talhei a minha vida,
quase que sem pensar nisso, mas tanta arte instintiva pus em fazê-lo que para mim próprio me
tornei uma não de todo clara e nítida individualidade minha."
terça-feira, novembro 08, 2011
Sentimentos, essa palavra proibida
Esse estado impossível de transparecer
O núcleo sólido que arde
Sem nunca poder derreter
Temos uma mascara todo o dia
Temos medo de ceder
Não queremos que alguem saiba
Que somos frágeis, podemos romper
Rimos de quem os demonstra
Somos fortes, somos maiores
Mas por dentro todos sabemos
Que todos suportamos dores
Não sou diferente mas quero mais
Vivo comigo e não com os demais
Sinto-me, supero-me, suporto-me
Não me escondo, abraço-me
Sou o que sou, nao me culpo
Não me vanglorio
Não sei para onde sigo mas...
Mas no final rio!
Esse estado impossível de transparecer
O núcleo sólido que arde
Sem nunca poder derreter
Temos uma mascara todo o dia
Temos medo de ceder
Não queremos que alguem saiba
Que somos frágeis, podemos romper
Rimos de quem os demonstra
Somos fortes, somos maiores
Mas por dentro todos sabemos
Que todos suportamos dores
Não sou diferente mas quero mais
Vivo comigo e não com os demais
Sinto-me, supero-me, suporto-me
Não me escondo, abraço-me
Sou o que sou, nao me culpo
Não me vanglorio
Não sei para onde sigo mas...
Mas no final rio!
domingo, novembro 06, 2011
A tomar conta de mim desde 2009
"Deep inside our consciousness is an oasis of peace. This is the molten core of the soul, but it's not hot, it's cool. Not passive but a source of inner power to fuel our mind and intellect, so we can create powerful thoughts and make accurate decisions. If we can learn to go to this centre, peace will be your companion, positivity your partner and you will be able to chill out in one second, anywhere, anytime. Returning to the centre of yourself is the journey of one second. It is the regular destination of clever souls. And it is the source of your power and peace."
"Deep inside our consciousness is an oasis of peace. This is the molten core of the soul, but it's not hot, it's cool. Not passive but a source of inner power to fuel our mind and intellect, so we can create powerful thoughts and make accurate decisions. If we can learn to go to this centre, peace will be your companion, positivity your partner and you will be able to chill out in one second, anywhere, anytime. Returning to the centre of yourself is the journey of one second. It is the regular destination of clever souls. And it is the source of your power and peace."
sexta-feira, outubro 21, 2011
domingo, outubro 16, 2011
Estava sentada na praia junto à água. Os seus pequenos pés eram intermitentemente molhados pelas ondas meigas que iam e vinham como o migrar das andorinhas. Fechara os olhos há mais de meia hora e não fazia intenções de os abrir. Respirava devagar deixando a maresia entranhar-se pelo seu nariz saboreando cada inspiração. Praticantes de jogging, banhistas, nadadores-salvadores e passeadores de cães passavam frequentemente por si, não ficavam. Embora com os olhos fechados ela sabia disso, sabia que era vista e conseguia ver. No entanto ela não estava ali, estava noutro sitio qualquer. Embalada pelo som e pelo cheiro estava algures onde podia viver sem medo de dizer o que sentia, o que pensava, o que vivia. Estava num sitio onde não tinha que ser comedida e onde ninguém lhe apontava o dedo pelas circunstâncias que a transformavam. Era um mundo restrito, poucos lhe davam a mão...mas que tão bem sabia! Estava precisamente onde queria, não mais, não menos.
Partilhava aquele paraíso com pessoas diferentes, com personalidades extremas que algumas vezes colidiam. No entanto viver ali era mais do que isso, era mais profundo. Viver ali, naquele mundo alimentado pela maresia, pelo som do mar e pela frescura da água nos pés era isso mesmo, um mundo de emoções. O núcleo integro de cada individualidade tal como as suas intenções era o bem mais precioso. Era um valor escondido pelas camadas duras e enferrujadas criadas pelo tempo e pelas adversidades mas que depois de escavadas tão bom era de saborear.
Partilhava aquele paraíso com pessoas diferentes, com personalidades extremas que algumas vezes colidiam. No entanto viver ali era mais do que isso, era mais profundo. Viver ali, naquele mundo alimentado pela maresia, pelo som do mar e pela frescura da água nos pés era isso mesmo, um mundo de emoções. O núcleo integro de cada individualidade tal como as suas intenções era o bem mais precioso. Era um valor escondido pelas camadas duras e enferrujadas criadas pelo tempo e pelas adversidades mas que depois de escavadas tão bom era de saborear.
sábado, setembro 24, 2011
Diz-se por aí que um dia um professor de Filosofia chegou à aula com um frasco de maionese vazio e algumas bolas de golf na mão. Pôs as bolas dentro do frasco e perguntou aos alunos se este estava cheio, eles disseram que sim. Depois de ouvir isto o professor pegou numa caixa de fósforos e despejou dentro do frasco preenchendo o espaço entre as bolas. Fez a mesma pergunta e obteve a mesma resposta por parte dos alunos. A seguir, juntou ao anterior dois punhados de areia à mistura. Perguntou de novo e recebeu de novo uma resposta positiva. Como se não bastasse, abriu uma lata de café e preencheu os espaços entre a areia recebendo sorrisos dos alunos.
No final da experiência comentou: "Quero que percebam que este frasco representa a vida. As bolas de golf são as coisas grandes e importantes como a familia, os amigos, a paixão e a saude. Os fósforos representam o trabalho, o carro, a casa. A areia representa as coisas pequenas e fúteis. Se começarmos por encher o frasco da vida com areia, vamos perceber que nao resta espaço para as bolas ou para os fósforos. Estabeleçam as vossas prioridades, prestem atenção às coisas realmente importantes e o resto é só areia, não gastem energia com ela".
No meio dos alunos um lembrou-se e perguntou: "Professor então e o que representa o café?".
Ao qual o professor respondeu: "Boa pergunta. Isso foi só para vos mostrar que por mais ocupada e preenchida que seja a vossa vida, há sempre lugar para tomar um café com um amigo".
No final da experiência comentou: "Quero que percebam que este frasco representa a vida. As bolas de golf são as coisas grandes e importantes como a familia, os amigos, a paixão e a saude. Os fósforos representam o trabalho, o carro, a casa. A areia representa as coisas pequenas e fúteis. Se começarmos por encher o frasco da vida com areia, vamos perceber que nao resta espaço para as bolas ou para os fósforos. Estabeleçam as vossas prioridades, prestem atenção às coisas realmente importantes e o resto é só areia, não gastem energia com ela".
No meio dos alunos um lembrou-se e perguntou: "Professor então e o que representa o café?".
Ao qual o professor respondeu: "Boa pergunta. Isso foi só para vos mostrar que por mais ocupada e preenchida que seja a vossa vida, há sempre lugar para tomar um café com um amigo".
quinta-feira, setembro 22, 2011
Aconchego-me, entrelaço-me entre os lençois...procuro conforto. Estico os pés de encontro aos teus...não estão lá...raramente estão. Tantos são os dias de frio extremo, daquele que dói mesmo no dia mais quente de Verão... Aqueles dias de gelo que te prendem os movimentos, te impedem de cerrar os punhos e os pôr cá fora..
Os teus pés são naturalmente quentes, têm vida própria. Os teus pés foram feitos para dançar, correr, agitar...os meus estão parados recordando os tempos em que se entrelaçavam nos teus.
É facil julgar a solidão dos pés. "Passa rápido, foi a escolha, está a terminar..." é o que eles ouvem. Mas não serve de consolo nem muito menos os aquece porque eles só têm uma forma de existir...junto aos teus.
Os teus pés são naturalmente quentes, têm vida própria. Os teus pés foram feitos para dançar, correr, agitar...os meus estão parados recordando os tempos em que se entrelaçavam nos teus.
É facil julgar a solidão dos pés. "Passa rápido, foi a escolha, está a terminar..." é o que eles ouvem. Mas não serve de consolo nem muito menos os aquece porque eles só têm uma forma de existir...junto aos teus.
segunda-feira, agosto 29, 2011
Another Brick in the Wall part 2 by Alex
Pink Floyd para mim a melhor banda de todos os tempos. Capazes de esconder nas letras enormes historias livres à nossa interpretação e senhores de uma melodia capaz de nos levar para bem longe, para um mundo de equilibrio e serenidade. Está longe de estar perfeito e peço desculpa ao senhor David Gilmour (que eu sei ser leitor assiduo do meu blog) por não ter as habilidades dele mas dei o melhor com aquilo que tenho ;)
PS: Ouvir quase no máximo mas não no máximo porque foi gravado com o mic do portatil.
segunda-feira, julho 25, 2011
Caos
Estou de férias. Inevitavelmente a companhia do computador e da televisão acentua-se e alia-se ao descanso.
Claro está, a informação flui de um modo natural à distância de um clique ou de um premir de um botão.
O que era suposto ser um relaxar e exorcizar dos males do quotidiano é pelo contrário, um lugar na primeira fila para assistir à tragédia e decadência em que este mundo se tornou. A cada noticiario, a cada website de informação que consulto, esta revolta impotente cresce dentro de mim sem que possa fazer qualquer coisa para o mudar.
Ligo-me ao mundo e o que assisto é corrupção, tragédia, homicidio e/ou suicidio e/ou genocidio, dor, sangue, guerra... Nem mais o desporto é o que era. Até o desporto se tornou em interesses multimilionários rodeados por dopping e telenovelas de bastidores capaz de deixar qualquer um moribundo.
A primeira pergunta que me faço é: já nao ha alegria no mundo? Mas quem raio escolhe esta informação? Será que é preferivel manter a audiencia agoniada com toda esta tragedia a procurar fontes de esperança e inovação para um futuro que se antevê cada vez mais negro?
Ouço falar em crise, como uma espiral que roda sabe-se la para onde, preços que aumentam, menos trabalho e um povo que cala e come.
Depois de sentir o peito pesado e ver como todo este choque com a realidade me deixou, penso no que se passa com esta sociedade e penso no porque de as coisas estarem assim...não sou especialista, nao sou economista, nao sou sociologo, psicologo, gestor...mas sou humano.
A uma velocidade assustadora a sociedade esta-se a estratificar, os ricos vivem com luxos que não podem pagar e como tal, utilizando a sua influencia e o seu poder abusam de quem podem controlar. A classe media deixará de existir sendo que a sua maioria passara a ser pobre e como tal, aos poucos, cria-se esta ideia de que é preciso trabalhar 12 horas por um ordenado minimo que mal da para sustentar a pequena familia. Quase 1/4 do que se gaha são impostos para pagar uma crise que eu certamente nao criei, nem tu, mas o sistema, enquanto o mesmo sistema bate com carros de alta cilindrada.
A vida não deveria ser um sobreviver mas sim um degostar das perolas deste mundo no pouco tempo que ca estamos. Alguem resolveu transformar esta nossa passagem por ca num sofrimento e num planeta de mártires.
Eu recuso-me a fazer parte disso...
Claro está, a informação flui de um modo natural à distância de um clique ou de um premir de um botão.
O que era suposto ser um relaxar e exorcizar dos males do quotidiano é pelo contrário, um lugar na primeira fila para assistir à tragédia e decadência em que este mundo se tornou. A cada noticiario, a cada website de informação que consulto, esta revolta impotente cresce dentro de mim sem que possa fazer qualquer coisa para o mudar.
Ligo-me ao mundo e o que assisto é corrupção, tragédia, homicidio e/ou suicidio e/ou genocidio, dor, sangue, guerra... Nem mais o desporto é o que era. Até o desporto se tornou em interesses multimilionários rodeados por dopping e telenovelas de bastidores capaz de deixar qualquer um moribundo.
A primeira pergunta que me faço é: já nao ha alegria no mundo? Mas quem raio escolhe esta informação? Será que é preferivel manter a audiencia agoniada com toda esta tragedia a procurar fontes de esperança e inovação para um futuro que se antevê cada vez mais negro?
Ouço falar em crise, como uma espiral que roda sabe-se la para onde, preços que aumentam, menos trabalho e um povo que cala e come.
Depois de sentir o peito pesado e ver como todo este choque com a realidade me deixou, penso no que se passa com esta sociedade e penso no porque de as coisas estarem assim...não sou especialista, nao sou economista, nao sou sociologo, psicologo, gestor...mas sou humano.
A uma velocidade assustadora a sociedade esta-se a estratificar, os ricos vivem com luxos que não podem pagar e como tal, utilizando a sua influencia e o seu poder abusam de quem podem controlar. A classe media deixará de existir sendo que a sua maioria passara a ser pobre e como tal, aos poucos, cria-se esta ideia de que é preciso trabalhar 12 horas por um ordenado minimo que mal da para sustentar a pequena familia. Quase 1/4 do que se gaha são impostos para pagar uma crise que eu certamente nao criei, nem tu, mas o sistema, enquanto o mesmo sistema bate com carros de alta cilindrada.
A vida não deveria ser um sobreviver mas sim um degostar das perolas deste mundo no pouco tempo que ca estamos. Alguem resolveu transformar esta nossa passagem por ca num sofrimento e num planeta de mártires.
Eu recuso-me a fazer parte disso...
sábado, julho 09, 2011
Time
O tempo passa e vai correndo, tal como dizem os Pink Floyd no tema épico "Time": "Ticking away the moments that make up a dull day you fritter and waste the hours in an offhand way". O tempo passa, corre e escorre por entre o espaço e o hoje já não é o que era. Já não sentes hoje o que sentiste ontem, há uma semana, há um mes... O que na altura te fez declarar mundos e universos pode agora não te fazer a minima diferença. O que há um mês te exaltou a alma pode agora nem fazer sentido nenhum no contexto do que sentes.
Então o que sobra? Com o tempo, perdem-se rancores, perdem-se razões, perde-se o porque e a raiz dos males. Com o tempo sobra a saudade, sobram as boas memorias, sobram os sorrisos e todas as coisas boas porque se elas existiram, sao elas que prevalecem na memoria.
Com o tempo quem mais vai querer saber quem tinha razao? Vale assim tanto saber que voz prevaleceu na celeuma? Vale assim tanto trocar o precioso tempo de sorrisos por razão de pequenas quezílias?
Eu acho que não...
Então o que sobra? Com o tempo, perdem-se rancores, perdem-se razões, perde-se o porque e a raiz dos males. Com o tempo sobra a saudade, sobram as boas memorias, sobram os sorrisos e todas as coisas boas porque se elas existiram, sao elas que prevalecem na memoria.
Com o tempo quem mais vai querer saber quem tinha razao? Vale assim tanto saber que voz prevaleceu na celeuma? Vale assim tanto trocar o precioso tempo de sorrisos por razão de pequenas quezílias?
Eu acho que não...
sexta-feira, julho 08, 2011
domingo, julho 03, 2011
quinta-feira, junho 23, 2011
Felicidade
Felicidade...a Utopia.
Felicidade, esse estado de graça que todos ouvimos falar desde que nos lembramos como seres humanos.
Essa meta que parece só ser cruzada quando tudo o que existe de mal foge a sete pés da nossa vida e apenas restam as borboletas no estômago de emoção e fogo de artificio colorido para qualquer sitio que olhemos.
Felicidade, esse desejar que todos os astros da nossa vida se alinhem numa sintonia perfeita e brilhem sobre nós para que mais nada da penumbra nos invada.
A felicidade não é isso. A felicidade tem que ser menos. A felicidade pode sim ser um estado, mas um estado espontaneo, infinitesimal. Num dia posso ser feliz 10, 100, 1000 vezes... ou então nenhuma.
Felicidade é sabermos que o que temos chega para viver, é sentirmo-nos realizados, cheios com o positivo pondo de lado o negativo (ou aceitando-o). Felicidade é saber beber da vida em goles pequenos, saborear cada um, é sentir o travo agri-doce na lingua mas ainda assim conseguir matar a sede.
Não me entendam mal. Este não é o texto do coitadinho, do molestado, do injuriado. Este é o texto do simples que sabe que SER feliz é algo irreal porque há sempre uma meta a cruzar, tem que haver, para dar estimulo a vida. A felicidade associa-se ao verbo ESTAR, associa-se à caminhada na praia durante o por do sol, à cerveja com os amigos, à boa nota no exame...
Este é o texto de quem esteve/está/estará sempre feliz sem nunca o ter verdadeiramente sido!
Felicidade, esse estado de graça que todos ouvimos falar desde que nos lembramos como seres humanos.
Essa meta que parece só ser cruzada quando tudo o que existe de mal foge a sete pés da nossa vida e apenas restam as borboletas no estômago de emoção e fogo de artificio colorido para qualquer sitio que olhemos.
Felicidade, esse desejar que todos os astros da nossa vida se alinhem numa sintonia perfeita e brilhem sobre nós para que mais nada da penumbra nos invada.
A felicidade não é isso. A felicidade tem que ser menos. A felicidade pode sim ser um estado, mas um estado espontaneo, infinitesimal. Num dia posso ser feliz 10, 100, 1000 vezes... ou então nenhuma.
Felicidade é sabermos que o que temos chega para viver, é sentirmo-nos realizados, cheios com o positivo pondo de lado o negativo (ou aceitando-o). Felicidade é saber beber da vida em goles pequenos, saborear cada um, é sentir o travo agri-doce na lingua mas ainda assim conseguir matar a sede.
Não me entendam mal. Este não é o texto do coitadinho, do molestado, do injuriado. Este é o texto do simples que sabe que SER feliz é algo irreal porque há sempre uma meta a cruzar, tem que haver, para dar estimulo a vida. A felicidade associa-se ao verbo ESTAR, associa-se à caminhada na praia durante o por do sol, à cerveja com os amigos, à boa nota no exame...
Este é o texto de quem esteve/está/estará sempre feliz sem nunca o ter verdadeiramente sido!
sexta-feira, junho 17, 2011
Poisoned Words
Hoje quero um texto interactivo com quem lê, hoje vamos discutir o poder da palavra.
Imagine o leitor uma situação tão comum como por exemplo estar com um amigo seu numa esplanada a tomar um café e com o fluir da conversa acaba por vir à baila uma terceira pessoa. Imagine-se também que só um dos intervenientes conhece essa pessoa, sendo que a outra nunca o viu ou não conviveu muito com a mesma.
No contexto da conversa, a pessoa que o conhece poderá dizer coisas ótimas a seu favor ou coisas menos agradáveis. A pessoa que está a ouvir, começa então a formular, inevitavelmente, um juízo de valor dependendo daquilo que está ouvir.
Um regime democrático permite-nos transmitir qualquer opinião seja ela falsa ou verdadeira, da boca para fora ou bem fundamentada, seja a quente com raiva ou a frio. Não será então muito perigosa esta situação enquanto ouvintes? Qual a capacidade da sociedade discernir sobre este grande fluxo de informação?
Será que as pessoas se preocupam em criar a sua propria opiniao com base nas suas experiencias ou por outro lado deixam-se levar e criam imagens de outros individuos/objectos fundadas apenas no que ouvem?
Diga o leitor de sua justiça...
Imagine o leitor uma situação tão comum como por exemplo estar com um amigo seu numa esplanada a tomar um café e com o fluir da conversa acaba por vir à baila uma terceira pessoa. Imagine-se também que só um dos intervenientes conhece essa pessoa, sendo que a outra nunca o viu ou não conviveu muito com a mesma.
No contexto da conversa, a pessoa que o conhece poderá dizer coisas ótimas a seu favor ou coisas menos agradáveis. A pessoa que está a ouvir, começa então a formular, inevitavelmente, um juízo de valor dependendo daquilo que está ouvir.
Um regime democrático permite-nos transmitir qualquer opinião seja ela falsa ou verdadeira, da boca para fora ou bem fundamentada, seja a quente com raiva ou a frio. Não será então muito perigosa esta situação enquanto ouvintes? Qual a capacidade da sociedade discernir sobre este grande fluxo de informação?
Será que as pessoas se preocupam em criar a sua propria opiniao com base nas suas experiencias ou por outro lado deixam-se levar e criam imagens de outros individuos/objectos fundadas apenas no que ouvem?
Diga o leitor de sua justiça...
sexta-feira, junho 03, 2011
Worthfull
Os degraus têm sido a subir, muito íngremes, as vezes falsos e sem corrimão. Por vezes apoio o pé e sinto-o escorregar fora do meu controlo, como se por segundos o meu destino não estivesse mais nas minhas mãos.
Reequilibro-me. Volto a subir.
Habituei-me a isto, a ter a respiração sôfrega e acelerada, a olhar para o chão para não sair do trilho.
Habituei-me a ser falível, a errar muito, que sou pior, que tenho menos, que não estou no topo ainda.
Hoje, e provavelmente só hoje, quero dizer principalmente a mim mesmo que sou bom! Tenho mais que motivos para me orgulhar da minha pessoa. Se num ou noutro momento me sinto inferior, um rato pequeno, não será pelo tamanho que tenho mas sim pelo mundo que me rodeia, pelas fasquias que eu próprio me impus, pelas metas que quero/quis cortar. É também por me ter cruzado com pessoas que pela sua visão não me deram o devido valor ou então se preocuparam mais em realçar os meus pontos negativos.
Neste momento, nem que seja por umas horas digo BASTA! Levanto os olhos, olho para a tremenda escalada que ja fiz atras de mim, olho para as pessoas maravilhosas que estão a subir comigo e me sorriem e digo: Alex tu és bom! Não és melhor que ninguem, mas és original e valioso à tua maneira, com todas as tuas coisas boas e más!
Sorri porque levas contigo mais que uma carreira academica valiosa, mais que um passado de sucesso. Levas tambem amigos que te amam do fundo, familia que sua de sol a sol por ti e um futuro cheio de luz à frente!
Por hoje, renasci!
Por hoje, renasci!
domingo, maio 29, 2011
Devaneio
Mói, queima, fere e arde. Tantas vezes perturbado na minha calma, no meu navegar sereno pela corrente, tantas vezes molestado principalmente por culpas que não são minhas, não são tuas, são da vida, do destino, do acaso.
Canso-me de uma costela minha que teima em esquecer, teima em por tudo para trás das costas e reavivar o que muitas vezes não merece sequer ser recordado. Canso-me desta minha faceta de carregar pesos, culpas nas costas das quais não sou responsável. Canso-me de manter apenas os sorrisos, as brincadeiras, os impulsos e devido a isso querer resgatar, saber "como vai a vida". Não sou perfeito, tenho tantas ou mais culpas que vocês mas tenho também algo a mais, algo que vos atribui a margem de errar, que vos permite estarem em paz comigo e é nesta margem que erram.
Porque é tão complicado rodearem-me? Que qualidade é comum a quem me acompanha, a quem chora comigo, a quem me abraça, a quem me chama à realidade? É a humildade. Raras são as pérolas que me dizem "desculpa, excedi-me", "caga nisso, temos pontos de vista diferentes mas quero-te é comigo" ou "gosto de ti assim,diferente". Estas são as almas que merecem que sofra, não aquelas que nunca se movimentaram para me ter por perto, que nunca me quiseram compreender ou apesar de tudo aceitarem-me como sou.
E é por isso que continuo à procura porque sei que andas aí, eu mesmo.
Canso-me de uma costela minha que teima em esquecer, teima em por tudo para trás das costas e reavivar o que muitas vezes não merece sequer ser recordado. Canso-me desta minha faceta de carregar pesos, culpas nas costas das quais não sou responsável. Canso-me de manter apenas os sorrisos, as brincadeiras, os impulsos e devido a isso querer resgatar, saber "como vai a vida". Não sou perfeito, tenho tantas ou mais culpas que vocês mas tenho também algo a mais, algo que vos atribui a margem de errar, que vos permite estarem em paz comigo e é nesta margem que erram.
Porque é tão complicado rodearem-me? Que qualidade é comum a quem me acompanha, a quem chora comigo, a quem me abraça, a quem me chama à realidade? É a humildade. Raras são as pérolas que me dizem "desculpa, excedi-me", "caga nisso, temos pontos de vista diferentes mas quero-te é comigo" ou "gosto de ti assim,diferente". Estas são as almas que merecem que sofra, não aquelas que nunca se movimentaram para me ter por perto, que nunca me quiseram compreender ou apesar de tudo aceitarem-me como sou.
E é por isso que continuo à procura porque sei que andas aí, eu mesmo.
quinta-feira, maio 19, 2011
Arnaldo Jabor
Há pouco tempo puseram-me a ler este senhor e deparei-me com algo que me fez estremecer. Gostava de ter escrito algo como isto mas infelizmente não tenho esta perfeição lirica. Enjoy!
"As circunstâncias entre as quais vives determinam a tua reputação. A verdade em que acreditas determina o teu caráter. A reputação é o que acham que és. O caráter é o que realmente és... A reputação é o que tens quando chegas a uma comunidade nova. O caráter é o que tens quando vais embora... A reputação é feita num momento. O caráter é construído numa vida inteira... A reputação torna-te rico ou pobre. O caráter torna-te feliz ou infeliz... A reputação é o que os homens dizem de ti junto à tua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de ti a Deus."
Arnaldo Jabor
"As circunstâncias entre as quais vives determinam a tua reputação. A verdade em que acreditas determina o teu caráter. A reputação é o que acham que és. O caráter é o que realmente és... A reputação é o que tens quando chegas a uma comunidade nova. O caráter é o que tens quando vais embora... A reputação é feita num momento. O caráter é construído numa vida inteira... A reputação torna-te rico ou pobre. O caráter torna-te feliz ou infeliz... A reputação é o que os homens dizem de ti junto à tua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de ti a Deus."
Arnaldo Jabor
terça-feira, maio 17, 2011
Impossivel
Provei-te. Saboreei.
Vi-te a cru ali ao meu lado. Serena, tão serena dentro de toda a tua destruição.
Conversamos. Choramos. Rimos. Silenciamos.
Talvez pelo ambiente, talvez pelo teu sorriso,
Um momento que se guarda para sempre,
Daqueles que nos preenche e nos mata a sede e a fome
Talvez por isso o gigante voltou a acordar e está a custar amarra-lo de novo.
A bem ou a mal terá que voltar para a jaula
Terá de ser acalmado, contrariado ou espancado.
Não estraguemos as coisas, não as misturemos.
Impossivel
Vi-te a cru ali ao meu lado. Serena, tão serena dentro de toda a tua destruição.
Conversamos. Choramos. Rimos. Silenciamos.
Talvez pelo ambiente, talvez pelo teu sorriso,
Um momento que se guarda para sempre,
Daqueles que nos preenche e nos mata a sede e a fome
Talvez por isso o gigante voltou a acordar e está a custar amarra-lo de novo.
A bem ou a mal terá que voltar para a jaula
Terá de ser acalmado, contrariado ou espancado.
Não estraguemos as coisas, não as misturemos.
Impossivel
segunda-feira, maio 16, 2011
Deve ser estranho viver com todos esses laços nas mãos, todas essas correntes que te prendem os movimentos e te impedem de fugir.
Deve ser estranho todo esse controlo de mente a que és sujeita e que te impede de teres vontade própria.
Deve ser estranho as vezes até pensares "e se..." mas por forças supremas acabas no limbo que te impõem.
Deve ser muito estranho, centrares a vista num foco eliminando tudo o que se passa em volta sem depois teres alicerces quando te apercebes que o foco afinal é miragem.
Deve ser estranho ver nos outros entidades mandatárias superiores em vez de opiniões susceptíveis de falir.
Já pensaste que a tua vida esta nas tuas decisões?
Já pensaste em fugir, sair de casa e dizer "volto amanha" sem saber sequer onde vais?
Já pensaste cumprir sonhos enquanto tens vitalidade?
Já pensaste alargar fronteiras à realidade?
Já pensaste perdoar? Já pensaste pedir desculpa? Já pensaste ouvir? Já pensaste falar? Já pensaste agir? Já pensaste revoltar? Já pensaste interagir? Já pensaste amar? Já pensaste opinar? Já pensaste... viver?
Deve ser estranho todo esse controlo de mente a que és sujeita e que te impede de teres vontade própria.
Deve ser estranho as vezes até pensares "e se..." mas por forças supremas acabas no limbo que te impõem.
Deve ser muito estranho, centrares a vista num foco eliminando tudo o que se passa em volta sem depois teres alicerces quando te apercebes que o foco afinal é miragem.
Deve ser estranho ver nos outros entidades mandatárias superiores em vez de opiniões susceptíveis de falir.
Já pensaste que a tua vida esta nas tuas decisões?
Já pensaste em fugir, sair de casa e dizer "volto amanha" sem saber sequer onde vais?
Já pensaste cumprir sonhos enquanto tens vitalidade?
Já pensaste alargar fronteiras à realidade?
Já pensaste perdoar? Já pensaste pedir desculpa? Já pensaste ouvir? Já pensaste falar? Já pensaste agir? Já pensaste revoltar? Já pensaste interagir? Já pensaste amar? Já pensaste opinar? Já pensaste... viver?
quarta-feira, maio 11, 2011
sexta-feira, abril 29, 2011
Amor Electro - Máquina
Poesia, por vezes organizada em estrofes num papel ou como aqui, organizada em sílabas que se juntam e escorrem pelo ouvido fazendo total sentido na percepção. Quando cada letra, cada nota emparelha com o estado de alma, com as sensações, com as vontades, sente-se este prazer tórrido que nos faz parar o espaço e tempo e fazer pensar em cada milisegundo do nosso amor, da nossa amizade, do nosso odio...
segunda-feira, abril 25, 2011
Writing a Masterpiece - Capítulo 4
Sabes porque é que eu e tu não resultamos?
Sabes porque é que não te tenho no meu regaço?
Sabes porque não és tu que conduzo a casa?
Sabes porque não és tu com quem escolho estar depois das aulas?
Sabes porque não é contigo que vejo os filmes lamechas?
Sabes porque já não é por ti que a minha guitarra toca?
Sabes porque já não és a primeira e ultima pessoa a quem mando sms?
Porque eu sou de palavras tu de acções.
Eu dizia que te adorava mas tu querias flores.
Porque eu fecho os olhos e salto enquanto tu pensas e recuas.
Porque eu sempre soube que eramos diferentes e ainda assim tentei.
Tu sempre me quiseste igual a ti e desististe.
(Isto não é para ti, nem para ti, nem mesmo para ti)
Sabes porque é que não te tenho no meu regaço?
Sabes porque não és tu que conduzo a casa?
Sabes porque não és tu com quem escolho estar depois das aulas?
Sabes porque não é contigo que vejo os filmes lamechas?
Sabes porque já não é por ti que a minha guitarra toca?
Sabes porque já não és a primeira e ultima pessoa a quem mando sms?
Porque eu sou de palavras tu de acções.
Eu dizia que te adorava mas tu querias flores.
Porque eu fecho os olhos e salto enquanto tu pensas e recuas.
Porque eu sempre soube que eramos diferentes e ainda assim tentei.
Tu sempre me quiseste igual a ti e desististe.
(Isto não é para ti, nem para ti, nem mesmo para ti)
domingo, abril 17, 2011
segunda-feira, março 28, 2011
domingo, março 06, 2011
Writing a Masterpiece - Capítulo 3
Legado
Domingo. A família reúne-se em torno da mesa. No centro uma travessa de cozido à portuguesa repleta de variedades de carnes e legumes. Os copos com vinho tinto, ora cheios ora vazios, vão-se sucedendo. Ao meu lado uma família que já foi maior, muito maior. Mas é a vida certo?
A certa fase, no auge do alcool e da conversa senti-me menino outra vez. Em meu redor três pessoas que já beberam demais da vida, já ganharam, ja perderam e depois de perderem ainda cairam. Ainda assim, estão ali a comer e a beber vitoriosos porque a subida embora custosa é sempre possível.
As palavras cruzam-se e voam de uma ponta para outra da mesa. Permaneço calado mas atento a cada pormenor. Nos lábios surgem histórias de meados do século XX, de tempos em que tudo parecia dificil, onde eles sabiam tanto da vida como eu neste momento. Toda aquela experiência, toda aquela calma e sabedoria é algo que desejo possuir um dia.
Porque um dia quero ser eu a estar na minha mesa com tudo o que construí a minha volta, a contar tudo o que aprendi, sorrisos e tristezas para que os Domingos nunca acabem...
Domingo. A família reúne-se em torno da mesa. No centro uma travessa de cozido à portuguesa repleta de variedades de carnes e legumes. Os copos com vinho tinto, ora cheios ora vazios, vão-se sucedendo. Ao meu lado uma família que já foi maior, muito maior. Mas é a vida certo?
A certa fase, no auge do alcool e da conversa senti-me menino outra vez. Em meu redor três pessoas que já beberam demais da vida, já ganharam, ja perderam e depois de perderem ainda cairam. Ainda assim, estão ali a comer e a beber vitoriosos porque a subida embora custosa é sempre possível.
As palavras cruzam-se e voam de uma ponta para outra da mesa. Permaneço calado mas atento a cada pormenor. Nos lábios surgem histórias de meados do século XX, de tempos em que tudo parecia dificil, onde eles sabiam tanto da vida como eu neste momento. Toda aquela experiência, toda aquela calma e sabedoria é algo que desejo possuir um dia.
Porque um dia quero ser eu a estar na minha mesa com tudo o que construí a minha volta, a contar tudo o que aprendi, sorrisos e tristezas para que os Domingos nunca acabem...
domingo, fevereiro 27, 2011
Writing a Masterpiece - Capítulo 2
Egoismo e Superficialismo
Sabes aquelas alturas em que parece que nem há vontade para sair da cama, aquelas alturas em que te estendes por entre os lençóis porque simplesmente sabes o que acontece quando saires. Sabes que vais sentir o desconforto e a agressão do mundo. No entanto, a tua resposta está tambem do lado de fora, tens que passar o perimetro para lá da fronteira, para o desconhecido, para o "talvez sera", para o incerto.
A maior parte das vezes a resposta nem esta em nós mas em quem nos rodeia. Muitas vezes a profundidade do abismo que parece ser infinito à nossa frente é drasticamente reduzida por outro ponto de vista. Se vemos dificuldade em algo, o tamanho do obstaculo apenas será aumentado pelos nossos receios e há que por vezes saber por um travão à racionalidade.
Com tudo isto o que quero dizer é que a solução raramente é única e raramente está fixa a apenas uma visão, a um ponto de vista. É preciso termos a humildade e o discernimento para nos projectarmos para fora de nós mesmos, vermos o quadro na sua totalidade e acreditarmos em quem nos rodeia de coração.
Se pensas que a vida e o mundo se regem pelo tua forma de pensar, se pensas que tu e os teus desejos são o centro de toda a translação do universo pois não podias estar mais enganado(a)...
Salta cá para fora e serás livre.
Sabes aquelas alturas em que parece que nem há vontade para sair da cama, aquelas alturas em que te estendes por entre os lençóis porque simplesmente sabes o que acontece quando saires. Sabes que vais sentir o desconforto e a agressão do mundo. No entanto, a tua resposta está tambem do lado de fora, tens que passar o perimetro para lá da fronteira, para o desconhecido, para o "talvez sera", para o incerto.
A maior parte das vezes a resposta nem esta em nós mas em quem nos rodeia. Muitas vezes a profundidade do abismo que parece ser infinito à nossa frente é drasticamente reduzida por outro ponto de vista. Se vemos dificuldade em algo, o tamanho do obstaculo apenas será aumentado pelos nossos receios e há que por vezes saber por um travão à racionalidade.
Com tudo isto o que quero dizer é que a solução raramente é única e raramente está fixa a apenas uma visão, a um ponto de vista. É preciso termos a humildade e o discernimento para nos projectarmos para fora de nós mesmos, vermos o quadro na sua totalidade e acreditarmos em quem nos rodeia de coração.
Se pensas que a vida e o mundo se regem pelo tua forma de pensar, se pensas que tu e os teus desejos são o centro de toda a translação do universo pois não podias estar mais enganado(a)...
Salta cá para fora e serás livre.
sexta-feira, fevereiro 18, 2011
Writing a Masterpiece - Capítulo 1
Contradição
Pudesse eu explicar o conflito que sinto. Mais! Pudesse eu solucioná-lo, eliminá-lo, queimá-lo e seria feliz.
Pudesse eu forjar a chave que abre o baú das emoções, baú envolto por corrente apertada, aperto que esgana, aperto que cega, aperto que me leva a razão, a ideia e a lógica. Pudesse eu a ferro e fogo aliviar a tensão que deixa marca e cicatriz para sempre.
A caminhada fez-se, faz-se e far-se-á solitária. Como qualquer solidão, entregue ao meu próprio navegar, ao sabor do meu vento. Por vezes tempestade que estremece e dá medo, medo que me faz duvidar do rumo, me desorienta e magnetiza a minha bússula para um Norte diferente, um Norte errado. Solidão distancia-me. Solidão faz me conhecedor de mim mesmo e cada vez mais um ignorante dos outros. Não estou na vanguarda nem na retaguarda de nada e muito menos caminho no mesmo trilho. Ando ao lado, por um caminho paralelo apenas vagamente cruzado com a corrente principal por ligeiras idas e voltas necessárias. Estou presente em mim mas também presente em quem tem que ser. Percebo pouco de muitos, mas de alguns ainda percebo bastante e do meu caminho estou sempre atento à vossa caminhada. Vagas de raiva enjoam-me desta solidão, desejam voltar a sentir o que ficou alguma vez perdido no tempo. A sensação quente e cheia do amor, o jardim todo plantado de felicidade, sorrisos que voam só porque sim, um pensar a dois, dois caminhos que se unem em vez do pequeno trilho solitário. É provavelmente a melhor sensação do mundo, o sabor que raramente se prova e me deixou na ânsia de mais. É entender agora que pouco mais no mundo pode equiparar-se, poucos quereres e desejos pessoais (solitários) o podem dar.
É uma contradição? É! A cicatriz esta lá, deixou marca e prendeu-me os pés. Dar o salto no escuro, abrir a porta ao desconhecido é impossivel. Estragas-te a fechadura e já nem eu a sei abrir. Foste embora e levaste a chave forjada por nós. As forças esgotam-se e de quando em vez ainda abro a janela mas a decepção invade e rasga não me deixa avançar. Por isso continuo a caminhar comigo mesmo, a lidar com o desamparo com a falta de bengala, com a falta daquela luz que cega de alegria por dentro.
Farto da solidão.
Farto da companhia errada.
terça-feira, fevereiro 01, 2011
domingo, janeiro 30, 2011
quarta-feira, janeiro 26, 2011
segunda-feira, janeiro 24, 2011
domingo, janeiro 23, 2011
sexta-feira, janeiro 21, 2011
Inteligência
Hoje perguntei a amigos (atenção, não a todos) o que é para eles a inteligência... obtive as seguintes respostas:
Ligia: "sou eu"
Grácio: "facilidade de adquirir conhecimentos e resolver problemas quando não se espera. Não se quantifica em notas"
André: "capacidade para se resolver uma situação/raciocinio"
Miana:"capacidade de resoluçao de problemas, planeamento, compreensao de linguagem e aprendizagem. Existem contudo varios tipos de inteligencia incluindo a emocional"
Diogo:"Saber duvidar, perceber, aprender, explicar e decidir. Inteligencia emocional:Saber identificar e lidar com as emoçoes em nos e nos outros".
Santas: " Não agir apenas segundo os nossos instintos, aprender, resolver problemas/desafios/necessidades"
Fill:"Inteligencia de varias formas: social, criativa, academica. Não interessam nem os genios anti-sociais nem os calhaus socialmente bem aceites".
(Os nomes aqui presentes são ficticios, obviamente que ninguem se chama assim! xD)
O que eu quis esclarecer com isto foi principalmente a forma como nos vemos uns aos outros. Ora ser inteligente depende do que cada um dá valor ou seja, posso possivelmente ser um burro ao lado de um dos geeks da faculdade que so ve IST à frente e um inteligente para quem não percebe o que faço.
Outra coisa que pude concluir hoje é que sou multifacetado e polivalente. A verdade é que consigo fazer quase tudo bem mas com um tempo de aprendizagem normalmente superior a um perito na área em questão. Não sou um virtuoso num campo especifico mas um adaptado a todos os campos.
Obrigado aos intervenientes =)
quarta-feira, janeiro 19, 2011
O Alex vai simplesmente sentar-se a um canto porque ja chega de esforço, já chega de resgatar, ja chega de se esticar a alcançar a mão do outro e por vezes a sua propria humanidade tambem precisa de descanso e de ela propria ser resgatada.
"ja é noite o frio esta em tudo que se ve
ja é noite o chao é mais terra para nascer"
segunda-feira, janeiro 17, 2011
Mentira cor-de-rosa
Devemos viver apaixonados? Devemos tentar apaixonarmo-nos constantemente por algo ou alguém? Devemos procurar a vontade inebriante, o fogo interior, a leveza de espírito?
É bonito pensar que sim, pensar que não há melhor forma de viver a vida…
Mas será que todo o mundo se esquece que a paixão roça a loucura, que a namora com a insanidade? Que, se vivêssemos sempre apaixonados, a dopamina nos levava numa viagem constante entre realidades distintas?
Que não há nada de socialmente aceite e recomendável na paixão? Que não há sentido de grupo, tolerância ou paciência quando estamos apaixonados?
Só há a delícia de um voo egoísta.
Por isso, agradeço que não me atirem corações aos olhos.
É bonito pensar que sim, pensar que não há melhor forma de viver a vida…
Mas será que todo o mundo se esquece que a paixão roça a loucura, que a namora com a insanidade? Que, se vivêssemos sempre apaixonados, a dopamina nos levava numa viagem constante entre realidades distintas?
Que não há nada de socialmente aceite e recomendável na paixão? Que não há sentido de grupo, tolerância ou paciência quando estamos apaixonados?
Só há a delícia de um voo egoísta.
Por isso, agradeço que não me atirem corações aos olhos.
O amor é fodido - MEC
Nascemos todos com vontade de amar. Ser amado é secundário. Prejudica o amor que muitas vezes o antecede. Um amor não pode pertencer a duas pessoas, por muito que o queiramos. Cada um tem o amor que tem, fora dele. É esse afastamento que nos magoa, que nos põe doidos, sempre à procura do eco que não vem. Os que vêm são bem-vindos, às vezes, mas não são os que queremos. Quando somos honestos, ou estamos apaixonados, é apenas um que se pretende.
Tenho a certeza que não se pode ter o que se ama. Ser amado não corresponde jamais ao amor que temos, porque não nos pertence. Por isso escrevemos romances - porque ninguém acredita neles, excepto quem os escreve.
Viver é outra coisa. Amar e ser amado distrai-nos irremediavelmente. O amor apouca-se e perde-se quando se dá aos dias e às pessoas. Traduz-se e deixa ser o que é. Só na solidão permanece...
domingo, janeiro 16, 2011
sexta-feira, janeiro 14, 2011
quarta-feira, janeiro 12, 2011
Um Post Feliz
Ora hoje o ALEXANDER aprendeu o seguinte:
- Um bom arroz de pato quer-se castanhinho!
- Que afinal não existe uma praça do cubo no Porto como o enganaram durante toda a sua vida!
- Que o Twitter é à força toda, melhor que o Facebook!
- Que é possivel fazer casino - alameda em 30 minutos a andar!
- Que a margem sul não presta.
- E que é possível escrever coisas bonitas no blog =)
segunda-feira, janeiro 10, 2011
Boa Sorte
Bom não foram os últimos minutos mais faceis da minha vida. Alias, foram dos mais pesados de sentir...
Há coisas que deixam marca no coração, ha um carinho especial que fica sempre mesmo depois das águas passarem. Guardo-te naquele canto especial onde mais ninguem esteve muito por culpa minha também..
Neste momento escrevo por escrever e nem sequer me preocupo com a forma com que articulo as palavras porque simplesmente não faz sentido... Enquanto eu te olhava na margem foste descendo o rio e eu nunca tirei os olhos de ti... hoje desapareceste do meu campo de visão e apenas me resta desejar-te felicidades e que o choro na minha alma se apague o mais rápido possível. Sempre dei tudo de mim para que o futuro fosse uma realidade, engoli toda a dor possivel e imaginaria para te ver a sorrir mas infelizmente o esforço foi infrutifero...
Sei agora que o meu papel neste mundo está mais claro... Vou deixar uma marca que algum dia tu possas ver e que pelo menos mais uma vez eu atravesse a tua mente e te esboce um sorriso... vou marcar neste mundo algo de grandioso e simples, não algo monetário mas um imperio de bondade e generosidade para que possa saber que o teu amor nao foi o único.
Amei-te e vou sempre amar-te porque isto não se escolhe e nao se esquece e embora estas letras nunca toquem os teus olhos de avelã vais saber que sempre me acompanhas em todos os meus voos!
Até sempre
domingo, janeiro 09, 2011
quarta-feira, janeiro 05, 2011
terça-feira, janeiro 04, 2011
segunda-feira, janeiro 03, 2011
Diz-me o caminho até ti!
Diz-me onde estás
Largo tudo e vou atrás
Vou a correr ou a nadar
Tudo para te aconchegar
Diz-me que curas as feridas
e todas as peças partidas
Diz que pensas em mim
e logo eu digo-te sim
Tudo o que preciso é um abanão
E de seguida entrelaço a mão
Tudo o que preciso é um abraço
P'ra te ter no meu regaço.
És um livro que já li...
Diz-me o caminho até ti!
AMC
domingo, janeiro 02, 2011
Orgulho
Paro com a melhor serenidade que consigo...consulto a minha lista telefónica, os meus mails do msn e até os amigos do facebook... É tão fácil mas tão fácil ler os vossos nomes e sentir-vos diferentes de todos os outros. Como um sexto sentido, é olhar para vocês e ver os pormenores que vos realçam e evidenciam. Têm um coração tremendo, sempre com vontade de dar a mão ou o braço ou tudo o resto...em troca de um sorriso!
São meus amigos e agora não ha volta a dar! Já me fizeste rir agarrado a barriga?
Ja me viste chorar? Já me abraçaste?
Então este texto é para ti...meu amigo!
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